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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Da teoria à prática! Parte 1




A partir do momento em que a ideia do intercâmbio tomou mais forma, precisei começar a avaliar o que seria necessário fazer pra sair da teoria e por a mão na massa pra fazer a coisa acontecer. Não lembro a data exata, mas isso foi entre Novembro e Dezembro de 2014. Minha situação naquele momento era: solteiro (recém-separado de uma relação não-oficializada de 2 anos), morando sozinho num apartamento minúuuusculo alugado, estudando inglês e prestes a concluir minha pós-graduação. A lógica era óbvia: iria me formar primeiro, já que faltava pouco, e precisaria voltar pra casa dos meus pais (e irmãos), já que a grana que eu economizaria com certeza me iria ajudar no intercâmbio. Depois de várias mudanças de planos, defini que o ideal seria fazer o intercâmbio em Maio de 2015, o que implicaria em morar por volta de 6 meses com a família novamente.

Tenho pra mim que a decisão de "voltar pra casa" é sempre um tanto complicada porque, na minha situação, por mais que houvesse uma relação muito boa com minha família e soubesse que certamente me apoiariam nessa "volta temporária", acho que ninguém decide sair da casa dos pais pra voltar depois de um tempo. Receio? Orgulho? Medo? Veja hoje no Globo Repórter Sinceramente não sei. Acho que um misto de tudo. Além disso tudo, havia a comodidade de morar sozinho, que seria difícil abrir mão. Mas como comodidade, se morando sozinho você tem que cuidar de tudo??? Bom, realmente tem, mas poder fazer o que quiser, na hora que quiser e do jeito que quiser é algo realmente MUITO bom, uma experiência que recomendaria a todos pelo menos por um tempo. Nos 8 meses aproximadamente em que vivi nessa situação, até pela quantidade de afazeres, raramente me senti de fato sozinho e abandonado (por conta de trabalho, aula de inglês, pós duas vezes na semana, cuidar das coisas de casa, não sobrava muito tempo pra ficar "depressando"). Como morava relativamente próximo da minha família, e os visitava semanalmente, não haviam problemas com saudade. Visitas de alguns amigos também afastavam o "espírito da solidão" (apesar de desconfiar que convivo bem com ele, rs).

Mas no final das contas, a volta pra casa foi o que precisou acontecer. Assim que minhas aulas terminaram (na verdade no dia seguinte), comecei a desfazer das minhas coisas e preparar o "De volta pra minha terra" retorno pra casa dos meus pais. Confesso que foi um pouquinho chato abrir mão do que eu havia conquistado à duras penas nos últimos anos, mas também não sou lá de muito apego e nostalgia, ainda mais quando é para um objetivo futuro "maior".

Como já é de se imaginar, o período inicial de adaptação na volta foi estranho, já que fica aquela situação "é-minha-casa-mas-não-é", mas com o tempo as coisas foram se encaixando. Voltar a dividir quarto, compartilhar banheiro e uma casa em geral foi meio assustador, mas tentei encarar aquilo até como uma preparação para o fim de uma vida menos individualizada fatalmente existente no intercâmbio (tomadas as devidas proporções, óbvio!).

Passar por toda essa mudança com o intuito de salvar grana foi de fato necessário e primordial nesse processo todo. O primeiro item da prática foi (e está) sendo concluído com sucesso!


CONTINUA...

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