Último post da série de séries rá!:
Empire
Durante o ano de 2014 eu já havia lido algumas notícias sobre a nova série musical produzida pela Fox. Meu receio - de novo - era com relação ao estilo musical, e a como consequentemente iriam tratar a questão da "música como produto" na série. Será que uma série produzida musicalmente pelo Timbaland, e assim baseada em Hip Hop (um gênero que, sejamos francos, não é reconhecido por ter os melhores cantores, até por ter uma pegada diferente) poderia de alguma maneira me interessar? A resposta foi um enorme sim - e não foi por conta do Hip Hop.
Contextualizando: Empire é uma série de drama musical lançada pela Fox em Janeiro de 2015 (ou seja, coincidência ou não, a meses de sua antiga galinha dos ovos de ouro Glee sair do ar), e que está em hiatus no meio da segunda temporada quando esse post está sendo escrito. A série trata basicamente de Lucious Lyon, um ex-traficante e consagrado cantor de Hip Hop que, graças a sua fama e habilidade, construiu um verdadeiro império, que envolve negócios como: gravadora, produtos de calçado, vestuário, estações de rádio e até site de streaming de música. A série também é focada em sua ex-mulher, Cookie Lyon, interpretada absurdamente bem por Taraji P. Henson, que simplesmente é um caso à parte (essa mulher por si só já carrega a série nas costas), e por seus filhos Andre, Hakeem (um cantor de Hip Hop) e Jamal (cantor de R&B) Lyon.
Empire é um verdadeiro novelão, e tem sido um estouro de audiência nos EUA. Tanto foi que após o fim da primeira temporada em março, já teve sua segunda temporada iniciada em setembro. A história é carregada de acontecimentos bombásticos um atrás do outro, e te prende sem fazer muito esforço. Ao contrário do citado em Glee e Smash, a série não demonstra o menor desgaste, muito pelo contrário, parece ter sempre algo novo que renova a história.
Com relação as músicas, também disponibilizadas no esquema iTunes por episódio e CDs no final da temporada, é realmente dividida entre Rap e Hip Hop, e o lado R&B, interpretado normalmente pelo excelente Jussie Smollett. 90% por cento das músicas que tenho de Empire são cantadas por ele, mas na recente segunda temporada foram adicionadas personagens femininos que, em conjunto com o lado Hip Hop, fazem aquela mescla de Black Music + Pop bem comum já há alguns anos (Jennifer Lopez, Rihanna e Beyoncè são exemplos que já seguiram nessa linha) e que são audíveis pra mim.
Mas o melhor de Empire é realmente a história. Existe um foco enorme na "comunidade" negra dos EUA, e a série tem sido reconhecida (e prestigiada) por isso. Representada por mais de 90% de atores negros de acordo com a pesquisa DataLucas e mostrando a realidade dura de boa parte deles (além de certos pontos como marginalidade, criminalidade e homossexualidade) tem feito a série ser bastante comentada. Participações de personalidades de peso, especialmente na segunda temporada, como Naomi Campbell (com papel regular inclusive!), Jennifer Hudson, Courtney Love, Kelly Rowland, Alicia Keys, Ne-Yo, Snoop Dogg e Pitbull têm elevado ainda mais a credibilidade da série. Apesar do pouco tempo, já existem indicações para várias premiações, inclusive para o Emmy e Globo de Ouro do ano que vem.
Empire não acrescenta tanto para o estilo de música (e principalmente voz) que eu me interesso apesar das músicas de R&B serem perfeitas!, mas como série em si tem surfado na crista da onda em popularidade, e é uma das séries mais vistas na terra do Tio Sam. A diversão é mais do que garantida. Palavra de amigo coreano, inclusive!
As músicas de exemplo devem destoar bastante dos posts anteriores, mas a realidade é mesmo essa: bem diferente (mas ainda bom, eu acho). A primeira, um solo de R&B, e a segunda numa linha mais uptempo, mais "agitadinha".
Enfim, essa sequência de posts, além de explicar a criação no nome do blog, diz respeito a um assunto que me interessa (música) e a outro que interessa a quase todo mundo (série). Claro que assisto/assisti também outras séries, como Breaking Bad a coisa mais perfeita que meus olhos já puderam enxergar,
Game of Thrones, Sense8 a melhor coisa que vi em 2015 e até Father Ted (série antiga irlandesa que seria algo
entre Chaves e Sai de Baixo), mas o conjunto de música e série acaba
pra mim juntando dois conceitos que me despertam curiosidade.
O que quero reforçar é o quanto ter ouvido (e ainda estar ouvindo) músicas em inglês me ajudou no meu desenrolar com a língua. Com relação as séries em si, até o ano passado sempre assisti com legendas em português (NUNCA dublado!), mas no início do ano resolvi passar a ver tudo com legenda em inglês. Tem dado pra me virar super bem com exceção de Empire que possui uma quantidade absurda de gírias e um jeito de falar típico do "gueto" americano e não tão simples de entender, e que acaba sendo ótimo pra aquisição de vocabulário e treinamento do listening.
Espero que o post sirva de inspiração pra alguém que se interesse pelo assunto, e se quiser mais informações sobre qualquer uma das séries que citei aqui ou quiser me indicar mais é só falar que tô pronto pra render a conversa, hehehe!