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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Pé na estrada: Londres - Parte 1


Aproveitando que a Yui estava a dias de voltar pro Japão, e somando-se ao fato de que quase ninguém da minha turma havia ido pra para o destino mais óbvio dos intercambistas da Irlanda, na última semana (dia 10/11) resolvemos juntar tudo e nos juntar pra fazermos mais uma viagem, dessa vez pra Londres.

Já havíamos definido que não seria possível passarmos muitos dias, e pra acomodar as agendas de todos, combinamos 3 dias na terra da rainha. Outra limitação seria o orçamento, uma vez que estava todo mundo meio apertado, tendo que levar em conta que lá os gastos seriam em libras, ou seja, ainda mais caro do que o euro.

Assim, compramos as famosas passagens a preços super em conta (resolvemos não ir pra Dublin, e usarmos os aeroportos de Shannon e Cork. O primeiro é a uma hora de Galway, mas Cork é até mais longe do que a capital tudo em nome da economia). Gastamos novamente intermináveis horas planejando a viagem (e Jesus, como isso é cansativo! Mesmo tendo iniciado o plano um pouco antes, ficamos de 18hs de um sábado até as 4hs do domingo só fazendo isso, e não conseguimos terminar tudo!). Com relação a acomodação, os meninos sugeriram ficarmos em um hostel coreano, algo existente em várias cidades mundo afora e que até onde sei não temos parecido para brasileiros. O preço, que incluía café da manhã e até noodles como opção de jantar, foi também em conta, além da localização super central, então resolvemos arriscar apesar do meu péssimo retrospecto com dicas coreanas nas minhas últimas viagens.

Acabei madrugando no dia da viagem, pois cheguei do meu curso em Dublin às 1 da manhã, e 6 horas já tava de pé indo pegar o ônibus pro aeroporto. A viagem foi tranquila e com pouco mais de uma hora chegamos em Gatwick. Lá encontramos com o Paul, que decidiu ir no dia anterior queria ter esse desprendimento e veio no vôo de Dublin. Na estação de trem (conectada ao aeroporto, e que nos levaria a Londres propriamente dita) acabaram logo acontecendo duas coisas pra "quebrar" o estereótipo inglês: uma senhora extremamente simpática nos ajudou a comprar o ticket pro nosso amigo, explicando minimamente como tudo funcionava e nos dando dicas pra nossa locomoção em Londres. A outra coisa foi que o trem acabou atrasando alguns minutos. ¯\_(ツ)_/¯

Fomos de trem rumo à Victoria Station, uma estação ENORME no coração de Londres, que integrava trem e metrô. De lá, fomos caminhando para a acomodação. No lugar, justo pelo preço pago, algo o qual eu não tinha pensado antes aconteceu: várias regrinhas relacionadas à cultura coreana (por exemplo, ao chegar, não se podia entrar de tênis nos cômodos, tendo que calçar uns chinelos que fixavam disponíveis na entrada). Além disso, não sei se por preguiça, comodismo, vergonha ou falta de conhecimento mesmo, ninguém conversava em inglês! Mesmo a funcionária do local (que deve morar lá há um tempo) explicou tudo na língua deles, e meus amigos se viraram pra traduzir para os "estrangeiros" aqui do Brasil e Japão.

Saindo de lá e caindo de fome achamos uma loja de conveniência e compramos uma "meal deal" (sanduíche ou salada, uma bebida e uma "besteira" como um chips ou um doce) e resolvemos procurar um parque pra comer. Acabamos indo na direção contrária à dos pontos turísticos, e após cruzar a Chelsea Bridge, encontramos um parque e andamos uns bons minutos até encontrar um bendito banco (?!) pra podermos comer em paz.

Dentro da nossa programação inicial, a idéia era chegarmos e irmos direto pra uma visita guiada dentro da National Gallery, uma galeria de artes enorme e um dos locais mais visitados por turistas que se interessam pelo assunto. Logo depois iríamos dar uma volta pelos pontos turísticos mais famosos (leia-se: Big Ben, London Eye e construções ao redor), mas conforme percebemos, nosso planejamento já iria furar, tentando cumprir isso tudo e ainda irmos pro nosso compromisso agendado para a noite.

Assim o que fizemos foi basicamente voltar para a parte "movimentada" e visitarmos o Palácio de Buckingham. Lembrando que aqui na Europa já estamos naquele terrível exótico período em que se começa a anoitecer por volta das 17hs, então não fazia muito sentido "bater perna" em parques por exemplo já sem a luz do dia.

Após algum tempo admirando, estudando via Wikipédia a respeito do palácio (gente, lá tem 775 quartos!!!) e tirando algumas fotos, voltamos à acomodação. Lá, sofri com toda a característica apimentada exótica do "miojo" coreano, mesmo já sabendo disso e pedindo pra que ele fosse feito mais suave (a coitada da moça ainda disse que usou menos da metade do tempero, mas não dá, é simplesmente como se eu estivesse tentando engolir algo com minha boca em chamas).

Saindo de lá, nos guiamos para o evento da noite, o que incentivou ao Paul a ir pra Londres pela segunda vez, e que pra mim significava realizar um sonho: fomos assistir um musical!!! Na verdade eu até já tinha assistido alguns em BH, mas obviamente nada nas dimensões dos disponíveis nos teatros londrinos! Juntando nosso baixo orçamento e as opções disponíveis, fomos ver Wicked, um dos maiores clássicos da Broadway que conta a história do Mágico de Oz sobre a perspectiva de um personagem. Confesso que foi de arrepiar! Emocionante é pouco pra descrever minha reação, principalmente ao ouvir músicas do meu "guilty pleasure" Glee, como Popular, Defying Gravity e For Good houve muito amor envolvido.

Depois do espetáculo, que contando com o intervalo durou quase 3 horas, resolvemos deixar à visita noturna aos pontos turísticos para o outro dia e após readequarmos o plano pro próximo dia e batermos um papo na acomodação regado a cerveja claro que não pra mim, pois não queria ficar com o pé inchado de novo, fomos recarregar as energias para o dia seguinte.

Continua...

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