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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Pé na estrada: Londres - Parte 2


No segundo dia, após tomarmos café fomos direto para os pontos turísticos principais, pois segundo um amigo não estaríamos oficialmente em Londres até ir pra lá. No caminho, passamos novamente pelo Palácio de Buckingham, onde alguns soldados que faziam a guarda da entrada principal ficavam se revezando em seus posicionamentos.

Desde o início não animamos a assistir a troca da guarda por motivos de: preguiça, mas ter visto isso, enquanto eles andavam REALMENTE como bonecos já valeu a pena. Passamos pelo Saint James's Park, que fica logo após o palácio. A atmosfera de outono estava presente e deixou tudo lindo, além de termos visto alguns esquilos quero.

Após darmos alguns passos, encontramos o anfitrião: Big Ben. Esse foi um daqueles momentos em que você para e simplesmente pensa: Nossa, olha onde eu estou! É tudo lindo, a torre do relógio, as casas do parlamento, o rio Tamisa só seria mais bonito se o clima ajudasse e estivesse menos nublado, mas não se pode ter tudo, né?. Depois de fotos tentando enquadrar as famosas cabines telefônicas e os monumentos, cruzamos o rio e fomos em direção à London Eye.

Novamente devido a nossa restrição de orçamento, não tivemos voltinha na roda gigante, mas deu pra ver sua imponência e beleza. Tem gente que acha um pecado "eliminar" esse tipo de coisa do seu roteiro, mas pra mim fazia muito mais sentido realizar meu sonho de ir em um musical do que brincar de roda gigante, mas cada um sabe o que faz com seu dinheiro e tem suas preferências, não é?

Saímos de lá em direção à estação Waterloo, que nos levasse ao que chamamos de "zona dos museus" (não sei se há um nome específico pra lá). Em uma parte da cidade ficam localizados os museus Victoria and Albert Museum, Natural History Museum e o Science Museum.

E aqui começa o que mais me encantou em Londres: os metrôs. Não houve monumento que me deixasse mais de boca aberta do que o tamanho e a eficiência do metrô de Londres, conhecido por ser o mais bem estruturado do mundo. Após comprarmos o ticket que nos daria direito a andar ilimitadamente por 2 dias na cidade (Oyster Card, que também permitia usar os famosos ônibus londrinos), levamos alguns minutos pra entender como funciona mas daí pra frente foi só alegria. Pra dar uma idéia de como as coisas funcionam, esses três museus tem entradas praticamente de dentro da estação, que possui verdadeiras ruas internamente, além dos famosos artistas tocando em busca de alguns trocados.

Como os gostos e interesses são diferentes, fomos os meninos pra museu de ciência, e as meninas pro de história natural. O problema é que não tínhamos muito tempo, pois a idéia era visitarmos um deles e irmos pra região de Soho almoçar, e logo depois irmos pra bendita visita guiada na National Gallery. Gastamos menos de duas horas lá, e o museu é bem interessante, com áreas cobrindo diversos temas, como astronomia, invenções e ciências biológicas. O chato é que não conseguimos ver tudo, pois não deu tempo :(

Pegamos o maravilhoso metrô e fomos pro Soho, uma região com cara de centrão. Acabei seguindo a vontade do pessoal e todos almoçamos no Chinatown, subregião reservada a restaurantes e mercados asiáticos. De forma completamente aleatória, esse lugar vai ficar marcado pra sempre na minha memória, mas isso é assunto pra outro post. Saímos de lá correndo, a tempo de pegarmos a visita guiada na galeria.

Na verdade essa visita não era (e não é) extremamente necessária, mas fiquei ficamos meio que no trauma por conta de alguns locais que visitamos na Itália e que não entendemos. Resumindo: a galeria é enorme, linda (tô descobrindo que gosto mais desse lance de pintura do que pensava. Não entendo nada de técnica, mas acho tudo tão lindo! S2). O problema é que uma hora é obviamente muito pouco pra ver tudo (eles já tinham mencionado que o objetivo era visitar as mais "famosas e importantes obras") e acho que pra ver bem precisaria de umas 3 horas, mas valeu a pena e quero voltar.

Saímos de lá às pressas de novo. No dia anterior acabamos não conseguindo, por questão de horários incompatíveis, pegar um walking tour pela" área principal" de Londres, mas naquele dia descolamos um chamado "Old City Tour". Corremos pra chegar a tempo parênteses necessários pra dizer que vimos uma raposa em um parque que cruzamos no caminho e chegamos em cima da hora. O guia, finalmente com um inglês realmente claro de se entender pros nossos padrões, foi super simpático, e o passeio que a princípio parecia não prometer muito, foi super interessante, explicando vários pontos da história do surgimento de Londres, antigos reis e Cavaleiros Templários. Além disso, visitamos inúmeros locais e monumentos como a Basílica de São Paulo, a London Bridge, a London Tower e o Shard. Foi o melhor walking tour que já fiz, opinião compartilhada pelos meus amigos.

À noite os meninos decidiram assistir o musical do Rei Leão, e os de menor poder aquisitivo como eu acabamos dar uma volta pelos pontos turísticos "principais" e ter a visão noturna deles. parênteses pra deixar registrado que antes de ir pra lá ficamos girando por meia hora perto da London Tower pra achar um banheiro enquanto minha bexiga quase literalmente explodia, e ainda precisei pagar 30 pence pra entrar no banheiro público.

Como já é de se imaginar, à noite é tudo novamente lindo. Dessa vez com mais tempo, podemos cruzar toda a região do parlamento, e a famosa Westminster Abbey, igreja que celebra casamentos reais desde 1100 e que recentemente foi palco da união do príncipe William e da então senhorita Middleton. Acho importante destacar o quanto me senti seguro andando por volta desses lugares, quando já era por volta das 23hs. Tudo bem iluminado, com pessoas andando pra cima e pra baixo (sempre muito elegantes por sinal). Sei lá, eu sou muito medroso, mas de novo é o tipo de comparação que fico triste ao pensar no Brasil.

Acabamos nossa noite voltando pra casa no ônibus vermelho de dois andares (que são muito parecidos com os de Dublin, mas já que já havia pago, fui desfrutar do glamour transporte). E ainda havia mais um dia de Londres pela frente. 

Continua...

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